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Economia Azul

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Transformar problemas em oportunidades para criar soluções boas para a saúde humana, o meio ambiente e o bolso. Essa é a proposta da economia azul, um modelo que propõe mudanças estruturais na economia baseado no funcionamento dos ecossistemas.

A intenção é basear a economia no uso inteligente e aproveitamento total dos recursos naturais, inspirando-se na natureza e no ciclo de vida dos ecossistemas, sem gastar muitos recursos. As soluções propostas pela Economia Azul não geram consequências indesejadas, tal qual o aumento dos preços dos alimentos devido o uso dos cerais para produzir biocombustível.

A ideia pode soar utópica, mas o criador do termo, o empresário belga Günter Pauli, garante que é perfeitamente plausível. Ele juntou no seu livro Blue Economy cem ideias inovadoras que não só beneficiam o meio ambiente, bem como satisfaz as necessidades básicas do ser humano, tal qual o acesso a água, alimento, abrigo e empregos. Segundo o autor, caso fosse postos em práticas as ideias poderiam gerar 100 milhões de empregos.

Algumas ideias saíram do papel. É o caso de um projeto do engenheiro gaúcho Jorge Alberto Vieira Costa, um dos pioneiros na aplicação do conceito no país, que pesquisa as algas Spirulina para absorver o CO2 da queima do carvão, produzir proteínas que podem ser utilizadas para alimentação e, além disso, serem transformadas em biocombustíveis.

Cores

A economia azul lembra imediatamente a um outro modelo de economia, mais famoso e que domina os debates ambientais: a economia verde. Embora também defenda mudanças estruturais na economia e estruture-se na sustentabilidade social, econômica e ambiental, a economia verde requer mais gastos e investimentos do que a azul, dependendo mais da vontade política dos governos.

Em um artigo recente, Günter reitera a dificuldade de implementação da economia verde. “Apesar de todas suas boas intenções, a economia verde não conseguiu decolar. Ela exige que os governos subsidiem, que as empresas aceitem lucros menores e que os consumidores paguem mais”.

Fonte: Google